Au revoir Lyon...
Enfim, podia fazer um testamento sobre os melhores e os piores momentos, mas deixo só o balanço final (até porque tenho demasiado sono para escrever): tudo está bem quando acaba bem...
Lyon é uma cidade fantástica, o meu estágio foi muito porreiro, as pessoas que me receberam foram o máximo e é muito estranho dizer adeus ou mesmo "a la prochaine".
Quando voltar e me organizar deixarei mais fotos da cidade...
Entretanto os "leonardos" vão ver se dormem qualquer coisinha até às três da manhã (hora de levantar para apanhar o táxi para o aeroporto).
Já agora, uma dica à coordenação: comprem voos na easyjet - são baratos, são mais tarde que os da TAP, os aviões que fazem as viagens para Lyon são melhores e se tivermos excesso de bagabem pagamos por mala e não por kg a mais (na TAP cada kg a mais custa 15 euros!!!!!!)... É só vantagens hein!!!
Je suis déjà nostalgique... a toute a l'heure Lyon!
Carol
Visita ao Parlamento Europeu, 28 a 31 de Março
Para além da visita ao Parlamento Europeu, o Gabinete Municipal de Juventude, preparou um programa, onde os participantes terão oportunidade de conhecer o património cultural de Bruxelas, bem como visitar também as cidades de Bruges e Gant.
Esta iniciativa conta com o apoio do Parlamento Europeu e tem como objectivo proporcionar um melhor conhecimento sobre a União Europeia e do projecto de paz, cooperação e desenvolvimento em prol dos cidadãos dos 27 estados que a compõem e as múltiplas acções de solidariedade realizadas com regiões do mundo em situações de conflito ou carência."
in, http://tavirajovem.blogs.sapo.pt/
Em plenas funções de Leonardos em Lyon, eu (Márcio) e a Carolina fomos até à Bélgica como representantes das diferentes associações das nossas terras. Eu por Santa Luzia, a Carolina por Santa Catarina. No total éramos 24 pessoas de diferentes idades dispostas a usufruir, cada um à sua maneira, do ambiente, da paisagem, da tranquilidade vivida na Bélgica. Foram 4 dias muito bem passados. Conhecemos a magnifica cidade de Bruges, passámos por Gant mas Bruxelas acolheu-nos por mais tempo. Visitámos alguns dos monumentos da cidade, as praças, as lojas dos chocolates (no coments!). Contudo o ponto alto foi a nossa viagem até ao Parlamento e o almoço com o eurodeputado Carlos Coelho. O deputado deixou-nos uma mensagem de confiança na Europa, apostando em estágios no estrangeiro para a formação pessoal dos jovens e para no final do seu discurso pediu-nos que apelássemos ao voto no próximo 7 de Junho para as eleiçoes europeias! Queixamo-nos muito dos problemas do nosso país contudo tornamo-nos anti-democráticos nestas ocasiões! Em cada 3 portugueses, 2 não votam pela Europa. Não deixem de visitar a página do eurodeputado em www.carloscoelho.eu
Os tavirenses voltaram a Portugal. O Leonardos voltaram para Lyon... Uma viagem com gente muito diferent e espírito jovem... Para quando a próxima?
Le monde est fou
Lyon dos dias que não passam...
Tenho fome...
Já agora, façam figas por mim e pela Rute... a malta começou hoje a enviar CV para arranjar emprego. Toda a energia positiva é bem vinda :D
Em breve, quando me passar a parvoice resultante de um belo sol na mona durante uma hora, estão prometidas fotos de Bruxelas e um discurso mais interessante e coerente.
Amanhã, o meu roteiro passa pelo museu urbano Tony Garnier, Museu de Arte Contemporânea e Museu dos Irmãos Lumière.
Bisous***
Carol
RTU Reportagem "Música Portuguesa, um reflexo cultural"
"Música Portuguesa, um reflexo cultural", uma reportagem de Márcio Gonçalves
RTU Reportagem "Filhos da Emigração"
"Filhos da Emigração", uma reportagem de Márcio Gonçalves
RTU Reportagem "Aventura Leonardo Da Vinci em Lyon"
Ailleurs
Passeurs d'Europe
Mas como sou tímida e tinha cá a família engatei o márcio para ir no meu lugar. A coisa foi bestial, muito gira mesmo.
O tema era o riso e, para a malta portuguesa, foi o rir só de saber que o nosso poema era o Cherne. Pena que o Durão Barroso não esteve cá para ver...tinha sido digno.
Entretanto, para quem quiser ver fotos da interpretação do nosso Toni Leonardo pode espreitar AQUI.
Carol
Entrevistas
Quanto ao tema desta semana não ouvi o debate, mas quando alguém me disser que quer emigrar posso logo relatar a minha experiência. Muita da malta que eu conheço que quer sair de Portugal ou não tem trabalho ou ganha o ordenado mínimo, mas gosta do seu café, do seu jantar fora, da sua cervejinha e do belo do cigarro. Então cá vai:
Jantar para 4 num café português (bitoque, café, 2 garrafas de vinho e digestivo): 90 euros
Imperial: 2,50 euros em média
café: 1,40 euros o mais barato
tabaco: 5 euros o mais barato
Aluguer de quarto: 350 euros
Aluguer de estúdio: 500 euros
Isto quer dizer que quem vier para cá ganhar os 1 100 euros do ordenado mínimo também não se safa. Claro que as pessoas depois ficam mais por casa, perdem certos hábitos sociais, mesmo porque não têm os amigos por perto, mas eu não sei se curtia muito viver assim durante muito tempo. Mas pronto, olha, isto sou eu que ando grogue porque se bebo os habituais 3 cafés do dia vou à falência num instante...
Carol
Busy busy
Discussões calientes
É claro que obra feita é importante, mas o problema é que se constroem demasiados edifícios e poucas estruturas sociais e culturais que unam as pessoas e as façam trabalhar em conjunto por países melhores.
A França não é diferente de Portugal (fora que tem direcções regionais da cultura maiores, com mais visibilidade, mais iniciativas e mais dinheiro...nisso estou maravilhada): tem populações desenraizadas, muitos adolescentes problemáticos, muita muita gente sem emprego, demasiados sem-abrigo, muitas cidades-dormitório cheias de problemas sociais. Em tempo de crise, o Sarkozy profere discursos para animar as hostes dizendo que todos juntos vamos ultrapassá-la, mas o problema regressa: não há estruturas que promovam a coesão social e as pessoas não querem saber de fazer esforços pelos outros, preocupam-se apenas, é claro, com o próprio bem-estar.
Constroem-se casas mas esquecem-se as pessoas que lá vivem. Ao que parece na Alemanha a coisa é a mesma, ao menos assim o dizem dois colegas alemães no estágio: não há empregos, só estágios não remunerados, e há os mesmos problemas sociais. Muda-se de país e de língua mas a história mantém-se. É a globalização...
Para quê grandes obras, grandes centros comerciais, condomínios de luxo, estádios de futebol se depois não se promove devidamente a educação, o desporto, a cultura, o emprego e a coesão social?
Enfim, ponho-me a pensar nestas coisas e fico desiludida com o mundo em geral. Provavelmente volto para Portugal e continuo sem emprego, a ouvir falar de crise, de bullying, de desemprego (a este propósito estou em choque com os despedimentos colectivos em órgãos de comunicação social), de violência... Provavelmente um dia chego à conclusão que vontade de trabalhar e um currículo já não chegam (mesmo estando bem preenchido com cursos, actividades extra-curriculares e experiências profissionais dentro e fora de Portugal) para arranjar emprego... Provavelmente tudo o qu estudei de pouco vai servir...
É uma pena, mas é assim... e não há cá mudanças de partidos nas autarquias que possam alterar a situação. Afinal de contas é o sistema, e o sistema, já Orwell o mostrou no seu brilhante «1984» acaba por dominar os indivíduos.
Por Agora, negativismos à parte estou bem entusiasmada com a preparação da Semana da Língua Francesa. Podem ver tudo no site, e especialmente os links da Caravane des dix mots e dos les Dix mots font la fête.
Bisous et à toute à l'heure :)
Carol
Etiquetas: Crise, Eleições Autárquicas, Faro, França, La Caravane, Portugal, Semana da Língua Francesa | 0 comentários
Mais uma semana... Rescaldo do 1º mês
ja passou um mês!
Depois do rebuliço inicial, o fazer as malas, a vontade de chegar a um novo local, a adaptação, um lar, novas pessoas, abrir horizontes. As aulas de língua francesa, a procura de um estágio, a entrada e a integração na empresa, foram aspectos importantes na nossa vida como Leonardos em Lyon.
O mês passou num abrir e fechar de olhos. Os momentos iniciais foram difíceis mas demos a volta por cima e à nossa maneira conseguimos criar uma rotina em que nos vemos e sabemos sempre uns dos outros.
Mas desenganem-se aqueles que pensam que fazemos vida de ucra aqui! Nada disso… Nos nossos fins-de-semana, regra geral, combinamos sempre algo diferente. Penso que todos, bem ou mal já conhecemos a cidade de Lyon. Visitámos os recantos culturais da cidade: os muros pintados, as inúmeras estátuas, os monumentos, museus…
Quanto a borgas a coisa não ganhou um desenvolvimento (tirando o nosso colega Hugo que sai regularmente). Já saímos algumas vezes, mas a porca torce o rabo quando os euros nos saem pela ranhura do multibanco aumentando as dores de cabeça quanto à nossa própria gestão.
Conhecemos Vienne, fizemos um piquenique no Parc Têt Dor, jantarada na casa da Telma com temas de conversa para uma verdadeira noite de comédia. Aquela dos efeitos sonoros provocados por determinada parte do corpo formando uma orquestra… foi a risota!
Não nos sentimos a 100% cá. Temos um estágio, um tecto dividido com famílias muito diferentes e é só! É triste, e lamento informar a todos os que queiram inscrever-se que terão de economizar bastante para aqui estar. É tudo um balúrdio e nem existe um subsidio mensal! Vida de tuga é assim… pois somos os únicos que não recebemos apoio. Pelo menos temos os 30 e poucos euros dos transportes (era também só o que mais faltava!).
O Fevereiro já lá vai e com ele toda a excitação e todo o descrédito num projecto que em passos curtos dará frutos (esperamos nós!).
A liberdade de escrita é magnífica não é?
Cumprimentos,
Márcio
A verdadeira história das coisas
Dias de sol
Vienne
Menu do piquenique: quiche, hamburgueres, sandes e batatas fritas :)
(Continuo a dizer que queria um jardim à maneira lá para os lados de Tavira)... Depois começou a descascar forte, mas ainda vimos umas igrejas e pudemos visitar o museu galo-romano do sítio, onde tivemos a sorte de apanhar um dia de reconstituição da vida romana.
Aqui era a zona da tasca romana, onde pudemos provar licores característicos da época. E até trouxemos uma receita...Se quiserem têm de pagar :P
O teatro romano de lá, no entanto, é uma desilusão comparado com o de Lyon e, ainda por cima, a visita é paga. Contudo a viagem valeu pela visita ao museu e pelo piquenique no jardim.